quarta-feira, 30 de março de 2011

Afonso Pinto de Magalhães

Afonso Pinto de Magalhães foi um banqueiro e empresário natural de Arouca, da freguesia do Burgo (Arouca), fundador da Sonae, um dos mais importantes grupos económicos portugueses da actualidade, da Casa Bancária Pinto de Magalhães, mais tarde transformada em sociedade anónima sob a designação Banco Pinto de Magalhães (com seu tio Augusto Pinto de Magalhães) bem como de várias outras empresas, entre as quais se contam os Supermercados Invictos (no Porto) e Modelo (em Lisboa), a Novopan e a Sogin. A SONAE (Sociedade Nacional de Estratificados) foi criada em 1959 por Afonso Pinto Magalhães, sendo hoje em dia um dos mais importantes grupos económicos portugueses. Pinto Magalhães, também fundador do Banco Pinto Magalhães, colocou Fábio Lemos no controlo da Sonae nos turbulentos anos após a Revolução de 1974. Em 1982, Pinto Magalhães oferece 16% da Sonae a Belmiro de Azevedo e, depois da sua morte, Azevedo atinge a maioria do capital após uma longa batalha judicial com a família do antigo presidente. A família Pinto Magalhães desistiu do processo, dando assim o controlo da Sonae a Belmiro de Azevedo. Belmiro de Azevedo vendeu acções, que estavam na sua carteira pessoal, à Sonae, ficando com liquidez para acorrer a um aumento de capital de 15 milhões de contos que pretendia realizar na Sonae. Esse aumento de capital foi suspenso por duas vezes, por intervenção de accionistas minoritários que o consideraram abuso de poder, com prejuízo para esses mesmos minoritários. A contestação chega da família Pinto de Magalhães, aquela cujo patriarca entregou a gestão da Sonae a Belmiro de Azevedo e lhe doou acções que lhe garantiram uma posição de 16% naquele que acabou por ser o início da tomada de controlo da Sonae. Depois da morte do banqueiro Afonso Pinto de Magalhães, Belmiro tenta comprar a posição da família, não consegue, mas garante um acordo que lhe dá a paridade no capital social. Depois aconteceu o episódio do aumento de capital, que Belmiro queria realizar a um valor superior à cotação no mercado, o que inibiria os outros accionistas de acorrerem a esse aumento, diz quem conheceu o processo. As relações com a família, em particular com as filhas de Afonso Pinto de Magalhães e com os genros, não eram das melhores. Piorou com a acção em tribunal que acabou por ser resolvida por um acordo entre as partes, em 1992. Belmiro de Azevedo afastava em definitivo a família Pinto de Magalhães da esfera de decisão da Sonae. Foi também presidente do Futebol Clube do Porto de 1967 a 1972. O pavilhão de treinos e a Sala de Troféus do antigo Estádio das Antas foram baptizados com o seu nome. O antigo campo de futebol do Futebol Clube de Arouca, localizado no lugar das Costeiras, entre Arouca e Moldes, tem o nome de Campo Afonso de Pinto de Magalhães, pelo facto do empresário ter comprado o terreno e ter contribuído para construir o campo de futebol. Foi uma personalidade sempre interessada no apoio a jovens estudantes oriundos de famílias humildes, que acabaram os cursos sem saber quem os ajudara. Tinha, no Banco, um secretário particular que se dedicava a auxiliar os mais necessitados. Apoiava os artistas e permitiu que grandes arquitectos da cidade do Porto pudessem fazer obras emblemáticas, ainda hoje consideradas como sendo de grande qualidade.
Fonte: Wikipédia

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